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MARCUS DIAS

Compositor. Violonista. Poeta

Como uma leve brisa sobre o para-brisa dos outros casais

MARCUS DIAS, compositor, poeta, violonista, cantor, escritor, é um dos nomes mais destacados da cena musical cearense, com músicas cantadas por artistas e destaque nacional, como Simone Guimarães (SP), Leny Andrade (RJ) e Pantico Rocha (CE).


Parceiro de artistas como o próprio Pantico e os também cearenses Isaac Cândido, Marcílio Homem, Rogério Lima, João Mamulengo, Ciribáh Soares, Mateus e Bruno Perdigão (grupo Luxo da Aldeia), realiza apresentações musicais e compõe, sozinho e em parceria, desde os anos 80, colecionando centenas de canções que se destacam pela beleza, pelo lirismo, pela força das imagens, pela surpresa e pelo encanto das metáforas, pela diversidade de temas, pela carga dramática, pela força poética. Pelo equilíbrio entre a ousadia de experimentos e propostas, alargando fronteiras e mostrando sempre muita originalidade, sem nem por isso perder o fio da meada comunicativo decisivo para o gênero canção popular.

Compondo sozinho, MARCUS DIAS é autor do clássico "Os Bêbados", desde os anos 90 uma das canções mais populares da cena de Fortaleza, com uma letra primorosa, irônica e bem-humorada, e uma melodia saborosamente pop, impossível de não ser cantada junto. A música se tornou conhecida em todo o Ceará em gravação de Isaac Cândido, parceiro de Marcus, no disco de estreia de Isaac, de 1999.


Depois foi regravada por ambos os compositores no álbum "Algo Sobre a Distância e o Tempo", de 2005, dividido pelos dois também como intérpretes e que conta com a participação especial de Raimundo Fagner. A trilogia com Isaac Cândido se completa com o disco "Cândidos", de 2010, em que Isaac e a cantora Simone Guimarães são os intérpretes. "Os Bêbados" é canção muito indicada para esses tempos de neoconservadorismo: "Sábado é o dia dos bêbados e das moças católicas que vão para a missa rezar pra tentar encontrar... algum bêbado".

Trilogia com Pantico

MARCUS DIAS também é autor de outra trilogia de discos, com Pantico Rocha, músico nacionalmente reconhecido por integrar os grupos de artistas como Lenine e Maria Bethânia, também realizando direção musical de inúmeros artistas. Os álbuns são "O Barulho do Sol do Meio Dia" (2007), "Nem Samba nem Sandra nem Mar" (2013) e o novo "Tudo que Passa é Permanente", lançado neste ano de 2019. Os discos com Pantico Rocha, também nome de destaque no pré-carnaval e no carnaval de rua de Fortaleza, contribuíram para levar a música de MARCUS DIAS a outros públicos e gerações.


Nas letras, a voz de MARCUS DIAS

Entre as muitas obras-primas de MARCUS DIAS e parceiros estão a valsa "Brisa", parceria com Marcílio Homem, em que o poeta transborda: "Redescobrira o amor e andava meio distraído / Imaginava como podem ser tão desiguais / Enquanto alguns amores são como engarrafamentos nas perimetrais / Outros são como brisa umedecendo as folhas dos canaviais / Amores pouco verdadeiros, amores brigueiros, amores normais / Amores que ninguém descreve, amores de conserva, amores naturais / Se fosse descrever o nosso amor, eu só diria: ele é nada mais do que uma leve brisa sobre o para-brisa dos outros casais".


Marcus é também um cronista de pegada concreta a retratar sentimentos recônditos no dia a dia de quem se acostumou a anestesiar o olhar, diante de um mundo cada vez mais solitário, desigual, desumano. "Sem nome, sem casa, sem rua, sem praça, sem terra, sem mar / Com os olhos de gente vigia a donzela do primeiro andar / De pele macia, como nunca se encontra do lado de lá / Com sede, com fome, com frio, com medo, com cheiro de bar / Confusão na avenida, uma moça agredida e um homem a chorar", canta em "Descontrole", parceria com Isaac.


Mas o lirismo vence a desesperança, como em "Disneylândia (Fantasias)": Os vaga-lumes eram magos, eram vigilantes mágicos do palmeiral / As borboletas eram fadas que brincavam pelas tardes do meu quintal / Quem pensaria em solidão? Quem pensaria em solidão? / Eram as flores um presente de algum Deus que olhava a gente contra o mal / E até ficavam mais contentes como as roupas reluzentes no varal / Na ventania um carnaval / Na ventania, como um carnaval / Onde é que a vida virou, que as flores não dançam mais?".

Um novo espetáculo

Atualmente se recuperando de um Acidente Vascular Cerebral, MARCUS DIAS vem recebendo uma enorme campanha de solidariedade, dos parentes, colegas, amigos, fãs, da população em geral, e participando com entusiasmo de um novo espetáculo que destaca parte de sua obra o show "Somos Todos Nós Assim", de Isaac Cândido, Davi Duarte e Pedro Frota. O espetáculo estreou em 30 de junho no belíssimo Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, com grande público aplaudindo canções dos três autores, incluindo muitas parcerias de Marcus e Isaac. Como a faixa-título, "Nós", outra letra primorosa. O espetáculo também conta com gravações de poemas na voz de Marcus Dias, entremeando cada um dos quatro blocos. Entre eles:

Hão de me cobrar a sabedoria de um poeta, e eu direi: "não"

Porque os poetas não são sábios

Há, sim, entre eles, uma longa estrada

Tantas vezes por mim percorrida, tantas vezes partida no meio

À razão da primeira investida, me lancei a caminho

Tal qual passarinho que foge do ninho sem saber voar

Esbarrei com florestas de matas fechadas, com bruxas e fadas do bem e do mal

Caí em armadilhas, fugi de matilhas, tive que voltar

Trazido nos braços de um certo palhaço, que há anos tentava o ofício atrevido de cruzar a estrada e alcançar o final

Da segunda falhei, da terceira, também

Mas da quarta avistei uma luz que brilhava no final da estrada

E o que antes para mim seria como um dia

Eu agora sabia que havia uma razão pela qual eu jamais poderia algum dia me tornar inteiro alcançando o clarão

É que quanto mais perto eu chegava da luz que brilhava no final da estrada, bem mais deformada e maior era a sombra que a luz desenhava de mim pelo chão

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